Seguindo os ensaios técnicos no aeromodelismo, o "papo" hoje é sobre a relação motor/hélice/material.
Raramente fazemos leitura de manuais técnicos dos nossos equipamentos, a não ser assim que se adquire os mesmos, ou, então, quando precisamos resolver problemas de uso.
Ainda assim, a ânsia de ver o produto em ação, nos leva, muitas das vezes, a fazer uma leitura superficial, na qual detalhes importantes passam "batido".
Isso sem falar em manuais traduzidos que não permitem uma noção exata do que se tem em mãos.
No que diz respeito aos motores, todos têm no encarte as recomendações sobre hélices de referência, sendo que algumas fábricas se dão até ao luxo de indicarem o material de que essas se compõem, ou até mesmo as marcas que deram melhor desempenho.
Aí é que deve ser observada de forma atenta: A FAIXA DE RPM pra que foi projetado o motor.
A partir de uma referência da fábrica, se tem a RPM máxima atingida pelo motor segundo, a eficiência da hélice indicada.
Bom, mas aí, surge a pergunta? Porque então, utilizar dispositivos que aumentam a RPM (Pipas, Ressonadores, Canister's, Muffler's dimensionados, etc). para, justamente, melhorar a performance do motor???
Simples!
Para se ter uma máquina mais eficiente destinada às competições.
Entretanto, tais máquinas são sempre desmontadas, verificadas, tendo suas peças substituídas para manter em dia o funcionamento desses motores.
Ou alguém pensa que os motores dos competidores são eternamente os "relógios suíços" que apresentam nas competições???
Óbvio que não!!!!
Vide a Fórmula 1, por exemplo.
Máquinas desmontadas a cada corrida, buscando sempre melhor performance a cada novo circuito.
Sem contar que, o descarte dessas máquinas se dão em um tempo infinitamente menor do que o tempo de uso delas em condições "normais".
O mesmo acontece com os motores no aeromodelismo.
Ok! Se se tem, então, um motor para um voo de puro deleite e relax, sem qualquer tino de competição, melhor é mantê-lo dentro das especificações técnicas, segundo as recomendações do manual.
Sem se esquercer da manutenção preventiva ( a gente não troca o óleo do motor dos carros aos 5000 km, na maioria das vezes???), usando as máquinas dentro das especificações do fabricante teremos um equipamento confiável, segundo a finalidade para qual o queremos.
A menos que não se tenha "escorpiões no bolso", superpotencializar aeros, redimensionar motores ou incrementá-los com dispositivos de alta performance, é totalmente viável, claro!
Mas as consequências virão com o tempo reduzido de uso e, consequentemente, maior custo da prática do esporte.
Exemplo por mim experimentado: motor Evolution 26cc com hélice 18x6 APC = performance dentro dos padrões.
O mesmo motor com uma hélice Xoar 18x8 com implementação em RPM por equalização de agulhas e ajuste exponencial de aceleração.
Detonei ele!!!!!!!! Vou "morrer" em camisa, anel e pistão.....
Mas como esse blog, será uma vitrine de ensaios técnicos, doravante, o que eu gastava em pistas, vou investir em experimentos e passar pra todos o que aprendi e aprenderei com esse maravilhoso esporte nosso!
Assim fica mais uma opção pra quem deseja praticar com prudência ou ousar no aeromodelismo.
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