Aerofanáticos

VÔO COM FAIXA – PROCEDIMENTOS

Todas as empresas sempre buscaram um jeito novo e melhor de divulgar suas marcas e produtos. Atualmente existem diversos tipos de mídia, intenet, televisão, rádio, carros de som, letreiros luminosos, painéis de led, entre outros. Mas acredito que nenhum chama tanto a atenção quanto a mídia aérea, se assim podemos definir o ato de um avião rebocar uma faixa. Não há quem não olhe, todos tem a curiosidade natural de ver o que está escrito naquela faixa que o avião leva. É diferente de qualquer outro tipo de mídia, atinge centenas ou milhares de pessoa num evento. No nosso caso, com aeromodelos, uma mídia ainda quase inexplorada, vou mostrar aqui o que é preciso e como deve ser feito com segurança o vôo com faixa em aeromodelos.

A FAIXA

Deve-se escolher a faixa de acordo com o tamanho do aeromodelo que vai rebocá-la. Ex: A faixa para vôo com aeromodelo, assim como nos aviões tripulados, deve ser escrita com letras bem grandes, logomarcas podem até ser usadas, mas o nome da empresa deve mesmo assim ser escrito com letras em maiúsculas e bem grande à frente da logomarca. Deve-se também usar madeiras no início, no meio e no fim da faixa para que esta fique esticada no céu. Também é obrigatório o uso de um contrapeso no início da faixa para que esta fique na posição correta, no caso vertical, também usa-se ao final desta uma tela para que a faixa fique esticada e o vento não faça a faixa bater, caso em que o vôo e o visual serão prejudicados.

O AVIÃO

Não é à toa que os aviões tripulados que rebocam faixa sejam de configuração asa alta. Estes oferecem mais estabilidade no vôo com faixa, também são capazes de pousar em pistas mais curtas (vale também a mão do piloto). Já testei alguns aeromodelos para vôo com faixa, entre eles o MELHOR foi o PIPER ¼ de escala com motor 30 cc à gasolina. Este sim foi conjunto perfeito. Um motor potente, com um avião dócil, fácil de voar e pousar em pistas curtas, o que é muito necessário e comum neste tipo de vôo. Ele voa com folga de potência, exigindo pouco mais que meio motor para subir e em vôo normal pode-se reduzir o motor para menos de meio motor sem riscos, o avião continua estabilizado, como se nada estivesse sendo rebocado.

POUSOS E DECOLAGENS

Voar com faixa exige que o piloto tenha que fazer vôos em locais não habituais, ou seja, ele não vai encontrar em cada cidade que for realizar este tipo de trabalho condições que sejam as melhores possíveis, como uma pista longa, larga, ou sem obstáculos por perto. Geralmente os pousos e decolagens são feitos em campos de futebol, estradas abandonadas e por aí vai. Mas claro que tudo tem um limite, não se pode aceitar a imposição de um cliente, sendo que a situação pode colocar em risco outras pessoas ou sacrificar o equipamento. *** VOANDO EM LUGARES DE PISTA CURTA, ESTRADAS, CAMPO DE FUTEBOL, É MELHOR NÃO DESENGATAR A FAIXA NA APROXIMAÇÃO PARA POUSO ***

Não faça mecanismos para desengatar a faixa do aero. Decole e pouse com a faixa engatada, isso reduz a velocidade no pouso em pista curta.

O PILOTO

Esta é a peça mais importante deste quebra-cabeças. O piloto deve ter MUITA, mas MUITA experiência em aeromodelismo. ESPECIALMENTE POUSO E DECOLAGEM EM PISTAS CURTAS E ESTREITAS, campos de futebol, estradas abandonadas, entre outros. O vôo com faixa vai ser uma experiência nova. Deve-se primeiro treinar o vôo em uma pista longa e larga num dia sem vento, para que este veja como vai ser o comportamento do aero com a faixa engatada. Lembre-se: Você só fica bom naquilo que você treina. Deve-se sempre lembrar que o comportamento do avião muda totalmente. Ele fica mais lento, exige mais potência na decolagem e um pouso com motor com um pouco de giro ( nunca em marcha-lenta). O pouso com faixa engatada É SEMPRE CRÍTICO. Quem decide se deve ou não voar sob determinadas condições (vento forte, local muito ruim), é o piloto. O vôo com responsabilidade também é obrigatório.

"Bem, amigos do Aeromodelismo", a partir desta postagem daremos início ao 1° Worshop Virtual Aerofanáticos, abordando temas que envolvem diretamente esse fantástico esporte: A ARTE DE VOAR COM OS PÉS NO CHÃO, onde apresentaremos os trabalhos dos ESPECIALISTAS de nossa região nos mais variados aspectos do Aeromodelismo.

Serão explanados temas como a Organização de Clubes e Associações de Aermodelismo; Eletrônica, Eletropropagação e Tendências no Aeromodelismo; Mídia e Divulgação no Aeromodelismo; FPV - Voo em Primeira Pessoa no Aeromodelismo; O VCC, a Modalidade-Mãe do Aeromodelismo; Manutenção e Organização das Pistas de Aeromodelismo; Organização de Eventos e Encontros de Aeromodelismo , Aspectos Técnicos de Segurança e Prática do Aeromodelismo e As Asas Rotativas no Aeromodelismo, Aspectos Gerais.

Já foram contactados todos os maiores ESPECIALISTAS nos temas da nossa região e todos me deram a honra de aceitarem o convite:

São eles: Reinaldo de Itaperuna (AITA), Edemar de Itaperuna (AITA), Alessandro de Carangola, Fernando de Muriaé, Leo de Leopoldina, Aloísio do Muriaero, Juliano Jureba do AeroBJ e Saulo Agostini de Belo Horizonte.

Na medida em que os temas forem chegando farei a publicação dos mesmos, tal como originalmente formatados.

Agradeço a todos que se propuseram a colaborar e, acima, o primeiro trabalho apresentado pelo Alessandro de Carangola, sobre o tema: MÍDIA E DIVULGAÇÃO NO AEROMODELISMO